Panorama de Jerusalém. Foto de Adalberto Brito
Jerusalém de ouro
Cidade da paz, centro do mundo.
Cidade maravilhosa onde convivem pessoas de todos os credos,
todas as línguas, todas as etnias.
Cidade antiga. Davi, por volta do século X A.C., tornou-a
capital de Israel.
Salomão, filho de Davi, mandou erguer no Monte Moriá, o
primeiro templo (Templo de Salomão).
Foi conquistada e reconquistada inúmeras vezes.
Babilônios, gregos, selêucidas, romanos, bizantinos, árabes,
cruzados, turcos, gregos, ingleses, mataram e morreram em suas vielas.
Cidade santa para judeus, muçulmanos e cristãos.
Centro do mundo. Poderia viver eternamente em paz não fossem
as ambições e extremistas que insistem ser a sua, a única verdade.
Andando por suas ruas, pisando em suas pedras, não há como não
se emocionar, não a achar bela, não querer voltar.
Fui e voltei.
“Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se
resseque a minha mão direita. Perca da língua o paladar, se me não lembrar de
ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria”
Zacarias-
Capítulo 12, Versículo 2.
BREVE HISTÓRIA DE JERUSALÉM
- 4000
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Vestígios de ocupação.
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-1000
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Conquistada por Davi.
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-960
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Salomão constrói o Primeiro Templo.
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-586
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Conquistada pelos babilônios (Nabucodonosor). Cativeiro babilônico.
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-536
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Derrota dos babilônios. Volta dos judeus. Construção do 2° Templo.
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-332
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Conquistada por Alexandre Magno. Domínio ptolomaico e selêucida
(sírio).
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-164
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Judeus (Macabeus) vencem os
selêucidas e reconsagram o Templo.
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-37
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Domínio romano.
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1
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Início da era comum.
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70
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Tito (imperador romano) destrói o Templo. Diáspora.
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313
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Constantino I(imperador romano) cristianiza a cidade.
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634
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Muçulmanos invadem Jerusalém. Construção do Domo da Rocha.
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1099
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Cristãos (cruzados) conquistam a cidade.
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1187
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Muçulmanos (Saladino) reconquistam.
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1517
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Turcos Otomanos (muçulmanos) tomam Jerusalém.
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1917
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Exército inglês expulsa os turcos.
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1922-48
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Mandato britânico.
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1948
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Proclamação da independência de Israel.
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1948-49
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Guerra da independência.
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1949
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Armistício. Cidade Velha- domínio da Jordânia.
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1967
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Israel retoma Jerusalém. Unificação da cidade.
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VISITANDO JERUSALÉM
Não obstante o noticiário internacional transmita a
impressão de Israel estar em constante conflito, pode-se visitar o país com muita
tranquilidade.
Jerusalém é uma cidade maravilhosa e tranquila.
O turista vai, nos primeiros dias, ficar espantado com
jovens armados com fuzis e metralhadoras andando pelas ruas e mesmo passeando
nos shoppings (são reservistas que não se separam do seu armamento), com
seguranças armados e revistas de sacolas na entrada de lugares públicos, mas
dificilmente lembrará em sua estada que está em um país em guerra.
A capital sagrada de Israel é uma cidade de porte médio
(para o Brasil) com cerca de 720 mil habitantes, constituída pela cidade velha
e pela nova e moderna Jerusalém surgida em sua volta.
Há poucos quilômetros do deserto, é uma cidade arborizada,
cortada por grandes avenidas, com muitos parques, jardins e praças.
É servida por uma boa rede de transporte público inclusive
com um moderno metro de superfície e milhares de taxis.
Se gosta de fazer compras, tem grandes centros comerciais,
mercados populares e milhares de lojas.
Hospedagem também não é problema. Jerusalém tem centenas de
hotéis, dos mais luxuosos como o King David aos mais modestos.
Quer comer? Se ainda tiver fome depois do café da manhã
israelense (um verdadeiro banquete com chá, café, frutas, dezenas de tipos de
pães, saladas, ovos, queijos, panquecas, peixe, carnes, macarrão e muito mais)
a cada 100 metros você vai encontrar mais comida e por preços muito atrativos.
Tudo funciona perfeitamente. Você estará conectado ao mundo,
se desejar, por uma moderna rede de telefonia, poderá ler jornais
norte-americanos e europeus todos os dias e assistir os canais internacionais
pela televisão.
Se desejar explorar o resto do país poderá alugar um
automóvel e desfrutar de passeios maravilhosos por magníficas estradas ou
adquirir uma das centenas de excursões e passeios que o levarão para qualquer parte
em modernos e confortáveis ônibus.
CLIMA
Jerusalém pode ser visitada o ano inteiro. Prefira a
primavera e o outono. Julho e Agosto são muito quentes. Janeiro e fevereiro são
meses chuvosos. Os verões são quentes e secos. No inverno faz muito frio (pode
até nevar). À noite, em qualquer estação, as temperaturas baixam bastante.
CIDADE VELHA
A cidade velha é uma área cercada de muralhas com menos de 1
quilômetro quadrado de área, mas é nela que transcorreram talvez os fatos mais
significativos da história.
Embora não haja separação física entre eles- a cidade é um
emaranhado de becos e ruas estreitas, nela existem três bairros (ou
quarteirões): o cristão, o muçulmano e o judeu.
No bairro cristão está a Basílica do Santo Sepulcro e por
ela passa a Via Dolorosa.
No bairro muçulmano situam-se o Monte do Templo e duas
magníficas mesquitas a Cúpula (Domo) da Rocha- Mesquita de Omar e a Mesquita de
Al-Agsa.
No bairro judeu você poderá visitar o Muro Ocidental (que
não tem nada de lamentações, mas é um lugar sagrado de grande alegria) e o
túmulo do rei Davi.
Você pode andar livremente pelas ruas da cidade velha.
As duas principais entradas são o Portão de Damasco e o
Portão de Jaffa.
O portão de Damasco é a principal entrada para o bairro
árabe, cujas ruas estão ladeadas de centenas de comércios de roupas, doces,
especiarias.
Se você vem da cidade nova certamente entrará pelo portão de
Jaffa. Passará pela cidadela de David e vai entrar também em um imenso mercado,
paraíso de compras para os turistas.
Nunca pague o primeiro preço. Os comerciantes costumam
perguntar se V. vai pagar em Euro, Dólar ou Shekel. Pedirão 100 Euros por uma
mercadoria que, às vezes, poderão vender por 100 Shekels. Pechinche. Com alguma
insistência você vai pagar a metade do que pediram. Negocie na calçada, na
porta. Nunca entre na loja, nem mesmo com a promessa de brindes e descontos,
pois dificilmente conseguirá sair dela sem comprar.
Kotel. Foto Adalberto Brito
A entrada nos lugares sagrados cristãos e judaicos é livre
para qualquer pessoa, exigindo-se unicamente que esteja adequadamente trajada.
Isto quer dizer que não devemos entrar com shorts ou bermudas e as mulheres com
minissaias ou vestidos decotados. Nos santuários cristãos os homens não podem
entrar com chapéus ou bonés. Nos lugares de oração como o Kotel (Muro
Ocidental) ou em uma Sinagoga, os homens devem estar cobertos (com chapéu, boné
ou quipá). Em algumas sinagogas existem lugares separados para os homens e
mulheres. No Kotel há um forte esquema de segurança com revista de sacolas e
bolsas, mas nada mais do que isto. Todos são bem-vindos.
COMO CHEGAR À CIDADE VELHA
Em Jerusalém existem dezenas de empresas que vendem visitas
guiadas que podem ser adquiridas nos hotéis ou mesmo no Brasil pela Internet.
Se desejar ir por sua conta poderá ir de taxi até um dos
portões e atravessar a cidade andando.
Todos os taxis têm taxímetro, mas a
maioria dos taxistas não lembra deles. Antes de embarcar, pergunte pelo
“meter”[méter] ou combine o preço antecipadamente (30 a 40 shekels do centro da
cidade).
Jerusalém tem também um metro de superfície, bonito, moderno
e bem mais barato.
Você também poderá ir andando. Pergunte para qualquer um para que lado é a "Old City". É só pegar a rua Jaffo e ir adiante.
É um passeio maravilhoso. Se
estiver no centro é uma caminhada de uns vinte minutos.
SEGURANÇA
É uma cidade tranquila, sem assaltos ou roubos. É claro que,
como em qualquer lugar do mundo, você não pode dar “bobeira” com a sua
carteira, telefones ou máquinas fotográficas e deve evitar lugares ermos e
escuros durante à noite.
SHABAT
A maioria dos Israelenses guarda o Shabat (Sábado) do
anoitecer de sexta feira ao anoitecer de sábado.
Quase todo o comércio, bares, restaurantes e até mesmo
farmácias começa a fechar por volta das 4 horas de sexta feira (no verão). Com
sorte V. poderá encontrar algum Mac Donald (que são raros) ou KFC (que são
muitos) aberto. Previna-se comprando o que vai precisar, pois na prática o
comércio só vai reabrir no domingo.
Na maioria dos hotéis o serviço é parcial no Shabat. Os
restaurantes e o serviço de quarto podem não funcionar e o café da manhã é
limitado. Em outros, principalmente os de cadeias internacionais, nada muda.
Nos edifícios (inclusive hotéis) existem os elevadores de
Shabat que não podem ser acionados e param automaticamente em todos os andares.
Em alguns apartamentos de hotéis existe também um botão para iluminação de Shabat.
Não aperte. Meninas no Muro Ocidental. Foto Nanci Flemming Brito
SHOPING
Israel não é uma Miami. Ninguém vai visitar Jerusalém para
fazer compras. No entanto, dependendo do câmbio brasileiro, poderá achar
roupas, tênis e principalmente lenços, chales, echarpes, bijuterias e joias
muito baratos. Não poderá deixar de lado os fantásticos produtos feitos com os
sais e lama do Mar Morto, famosos por suas propriedades medicinais e de
rejuvenecimento.
Grandes lojas de cadeias internacionais como HM, Sephora e
Zara poderão ser encontradas nos Shoppings, mas o comércio mais vibrante e
interessante está nas ruas.
O maior shopping de Jerusalém
é o Jerusalem Mall (Malcha). Grande, bonito, mas não é muito
diferente de um shopping em qualquer outro lugar do mundo.
Muito mais interessante é o Mamilla
Mall que fica ao lado do Portão de Jaffa, encostado na cidade velha. É um
grande complexo comercial que conta com um magnífico (e caro) hotel e um
belíssimo centro comercial com dezenas de lojas – muitas de grifes
internacionais, bares e restaurantes.
Não tão sofisticadas, mas muito interessantes são as
lojinhas espalhadas pelos quatro cantos.
No centro há milhares de estabelecimentos em torno da Ben
Yeudah onde você pode comprar de caríssimos Armanis a camisetas baratas.
Turistas adoram as da Coca Cola em hebraico e as das forças armadas de Israel.
Nos suks (mercados) poderá encontrar frutas, guloseimas,
pães, temperos, roupas, CDs, eletrônicos e centenas de lojas de comida a preços
muito interessantes. Não deixe de visitar o principal deles, o Mahane Yehuda onde há
de tudo. Prove deliciosos sucos de todas as frutas do mundo, coma um felafel ou
um kebab, experimente o inesquecível húmus e abandone o regime com deliciosos
doces. Compre belíssimos artigos artesanais ou centenas de lembrancinhas Made in China.
COMIDA
Os judeus durante a Diáspora (época em que ficaram sem
pátria e se espalharam pelo mundo) absorveram a culinária dos países onde
moraram. Desta maneira você vai encontrar em Israel numerosos pratos originários
de todos os continentes, principalmente da Europa Oriental e do Oriente Médio.
Pode escolher um gulash ou um gefilte
fish, mas nas ruas o pão, o felafel (ou falafel um delicioso bolinho salgado de
grão de bico), o humus e saladas deliciosas são as preferências nacionais.
Se não quiser experimentar nada disto, há centenas de
restaurantes com comida alemã, italiana, russa, espanhola e todas as redes de
fast food.
Em muitos lugares você vai ler a expressão comida Kasher (ou kosher). Esta palavra em português significa permitido ou bom. São alimentos
preparados de acordo com os preceitos judaicos descritos na Torá (Bíblia).
LÍNGUA
Em Israel fala-se hebraico, uma
língua complicada que utiliza um alfabeto próprio incompreensível para a
maioria dos mortais que não frequentaram uma boa escola judaica.
A maioria das pessoas, no entanto,
fala Inglês. Um bom comerciante judeu vai aprender marciano em dois dias quando
o primeiro disco voador chegar à terra e, por esta razão, você será
compreendido e atendido com grande atenção em português, espanhol, italiano,
francês, russo, catalão, grego, armênio, árabe, farsi, afrikaner, holandês ou
qualquer língua que fale.
Circulam jornais diários em inglês.
A maioria dos filmes têm legendas em árabe, inglês, hebraico e russo. Nos
hotéis V. poderá assistir a programação internacional (FOX, CNN, BBC, RAI) e
dezenas de canais de filmes e comédias. A televisão israelense costuma
transmitir novelas brasileiras (dubladas em hebraico).
As placas com nomes de ruas e
indicações de trânsito são, quase todas, em hebraico, árabe e inglês.
Você só terá problemas para pegar
os transportes públicos. Vai precisar ajuda para tomar um ônibus.
Alguns taxistas e pessoas comuns
podem não falar inglês e, por esta razão, é bom sempre trazer um cartão com o
nome e endereço de onde V. está hospedado.
CÂMBIO
A
moeda de Israel é o Novo Shekel de Israel (NIS), que todo mundo chama só de
shekel. No plural em hebraico se diz shkalim (chequelim) ou shekels em Inglês.
O
Shekel é dividido em 100 agorot.
Existem
cédulas de papel de 20, 50,100 e 200 shkalim e moedas de10, 5, 2 e 1 Shekel e 5,
10 e 50 agorot.
Na
maioria dos estabelecimentos aceitam-se dólares ou euros (o câmbio, no entanto,
não é o oficial, é fixado pelo comerciante).
Os
cartões de crédito são aceitos em praticamente todos os lugares. Existem
dezenas de casas de câmbio e bancos onde poderá trocar seus dólares, euros,
cheques de viagem ou a maioria das moedas conversíveis (não encontrei nenhum
estabelecimentgo em que se trocassem Reais). Pergunte sempre o valor da
comissão, pois variam de lugar para lugar. Existem dezenas de ATMS (na parte
externa dos bancos) onde você poderá sacar dinheiro com cartões.
JERUSALÉM É SAGRADA:
Para os judeus: Nela se encontram os vestígios do Templo Sagrado
de Jerusalém, o Muro Ocidental (Kotel), o lugar mais sagrado da terra.
Para os muçulmanos: Maomé viajou
de Meca (Arábia Saudita) a Jerusalém onde, do Monte do Templo, ascendeu ao céu.
Para os cristãos: Em Jerusalém
Cristo foi crucificado, morto, sepultado e subiu aos céus.
VOCÊ NÃO PODE DEIXAR DE
Percorrer as muralhas da cidade velha.
Subir o Monte das Oliveiras, no por do sol de
sexta feira e escutar o coro dos muezins chamando para as rezas, a noite
chegando e as luzes se acendendo.
Rezar no Kotel durante o Shabat.
Comprar tâmaras, damascos e frutas no Mahane Yehuda.
Visitar o
Museu do Holocausto (Yad Vashem).
FORA DE JERUSALÉM:
Tomar um banho no Mar Morto.
Visitar Massada.
Assistir o por do sol em Tel Avive.
Visitar Cesarea, Haifa e Eilat
Mar Morto. Foto de Sara Flemming Brito
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